Reflexões sobre os jovens inseridos no tráfico de drogas: uma malha que os enreda [Reflections on young people entered in drug trafficking: a mesh that entangles]
Palavras-chave:
Marginalização Social, Estigma Social, Psicologia Social, Comportamento do Adolescente.Resumo
A proposta deste texto é possibilitar uma reflexão sobre os jovens traficantes de drogas em São Paulo, o lado visível de tráfego, que exibe toda a sua violência incrustada em sua economia ilegal para aqueles que são um apêndice, a um tempo indispensável e dispensável, pelas conexões internacionais de tráfico de drogas "indústria" , um dos mais rentáveis dos dias atuais. Sugere-se que os jovens ‘vendedores’ – ‘trabalhadores’ da indústria do tráfico, têm obrigações e seguem regras de trabalho. O contrato existente nas relações de trabalho é verbal. A punição para o desrespeito de uma regra pode ser a morte. Vivem a ilegalidade, o sigilo e a necessidade de estar em constante estado de alerta. Na força de trabalho destes jovens está embutido o risco, assumido para proteger o patrão. São o elo entre o dono do ponto-de-venda e os consumidores, os fregueses da droga. São os jovens traficantes que garantem a circulação da droga, são contratados para assumir o risco maior: de serem detidos ou mortos pelos policiais. No contrato, uma das condições explícitas é a lealdade com o patrão, o silêncio em relação a sua identidade. Constituem-se na tensão com esta realidade objetiva. Uma malha que os enreda a cada movimento. Neste emaranhado de fios, que se entrelaçam e se desfazem, vão construindo a sua forma de estar no mundo: em condições que podem ser consideradas quase irracionais, beirando a barbárie.
ABSTRACT -The purpose of this text is to enable a reflection on young drug dealers in São Paulo, the visible side of traffic, which exhibits all its violence encrusted in its illegal economy to those who are an appendix, at a time indispensable and expendable, by the international connections of drug traffic “industry”, one of the most profitable of the present days. It is suggested that the young ‘sellers’ – ‘workers’ of the traffic business, have obligations and follow working rules. The contract standing in work relationships is oral Punishment for breaking any rules may be death. They live the illegal side, secrecy and the need to be constantly alert. In the working force of these youngsters the risk is included, assumed in order to protect the boss. They are the link between the owner of the selling spot and the consumers, the clients of the drug. The young drug dealers warrant the circulation of the drug, they are admitted to take the higher risk: to be arrested or killed by the police. In the contract, one of the explicit conditions is loyalty to the boss, silence regarding his identity. Constitute themselves in the tension subjacent to this objective reality. A mesh in which they get more entangled, with each movement. In this tangle of threads that tie and loosen up, they create their way to be in this world: in conditions that may be considered almost irrational, nearing the barbaric.
Keywords: Social Marginalization; Social Stigma; Psychology Social; Adolescent Behavior.
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