Assistência a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Vítimas de Violência nos Serviços de Saúde

Autores

  • Grayce Alencar Albuquerque Universidade Regional do Cariri - URCA
  • Dailon de Araújo Alves Universidade Regional do Cariri - URCA
  • Jeanderson Soares Parente Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN

Palavras-chave:

Violência, Assistência à Saúde, Homossexualidade, Bissexualidade

Resumo

Como resultado da homofobia, minorias sexuais estão vulneráveis à violência e suas consequências, detidamente sobre a saúde, o que implica na necessidade de busca aos serviços de saúde para atendimento. Este estudo objetivou averiguar o atendimento recebido nos serviços de saúde por integrantes LGBTT vítimas de violência no interior do Nordeste brasileiro. Realizou-se um estudo transversal, quantitativo, com 316 indivíduos do grupo de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais presentes nas Paradas do Orgulho Gay nos municípios de Juazeiro do Norte e Crato, Ceará, Brasil, no ano de 2013. Os participantes responderam a um questionário estruturado com questões inerentes à temática. Os dados obtidos foram tabulados e analisados de forma descritiva. O estudo teve aprovação prévia do Comitê de Ética em Pesquisa. Dos 316 participantes, todos relataram já terem sofrido violência alguma vez na vida, embora somente 52 tenham procurado serviços de saúde em decorrência da vitimização. Minorias sexuais relataram a busca aos serviços de saúde já na primeira hora após ato violento, afirmando pronto atendimento ao dar entrada nos serviços. Embora relatada rapidez, os participantes apontaram que os profissionais de saúde não atuaram conforme diretrizes nacionais no atendimento a vítimas de violência, uma vez que em sua maioria, não preencheram ficha de notificação compulsória, não solicitaram exames, não registraram atendimento em prontuários e não orientaram para registro de boletim de ocorrência nas delegacias, havendo ainda, relatos de atitudes preconceituosas sofridas durante assistência. Verifica-se que a assistência dos profissionais de saúde a minorias sexuais é falha. Pontua-se a necessidade de qualificação dos profissionais para atendimento livre de preconceitos e em consonância com os protocolos nacionais de atendimento às vítimas de violência.

Biografia do Autor

Grayce Alencar Albuquerque, Universidade Regional do Cariri - URCA

Doutora em Ciências da Saúde. Professora Assistente do Departamento de Enfermagem da Universidade Regional do Cariri - URCA. Coordenadora do Observatório de Violência e Direitos Humanos da Região do Cariri

Dailon de Araújo Alves, Universidade Regional do Cariri - URCA

Mestrando em Enfermagem pela Universidade Regional do Cariri (URCA). Especialista em Saúde da Família pela Faculdade Integrada de Patos (FIP). Professor Substituto do Departamento de Enfermagem da URCA

Jeanderson Soares Parente, Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN

Enfermeiro. Graduado em Enfermagem pela Faculdade de Juazeiro do Norte - FJN

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Publicado

2016-09-30

Como Citar

Albuquerque, G. A., Alves, D. de A., & Parente, J. S. (2016). Assistência a Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais Vítimas de Violência nos Serviços de Saúde. aúde & Transformação ocial ealth ∓ ocial hange, 7(3), 36–48. ecuperado de https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/4201

Edição

Seção

Artigos originais