Incontinência urinária e sexualidade no cotidiano de mulheres em tratamento fisioterápico: uma abordagem qualitativa [Urinary incontinence and sexuality in the quotidian of women in physiotherapy treatment: a qualitative approach]
Palavras-chave:
Incontinência Urinária, Pesquisa Qualitativa, Saúde da Mulher, FisioterapiaResumo
O objetivo deste estudo foi compreender o significado da incontinência urinária e sexualidade no cotidiano de mulheres em tratamento fisioterápico. A abordagem metodológica baseou-se em entrevista semi-estruturada acrescida de percepções, sentimentos e gestuais adotado pelas participantes durante o momento da pesquisa. Participaram oito mulheres em tratamento na clínica de fisioterapia da Univali e a coleta ocorreu em 2008. A análise qualitativa dos dados identificou duas grandes categorias: (1) IU e sexualidade: medo e constrangimento; (2) Ser incontinente: o comprometimento psicossocial. Os resultados apontam que a incontinência urinária interfere na sexualidade feminina, prejudica o equilíbrio pessoal, diminui a autoconfiança e compromete a qualidade de vida das mulheres. A dificuldade das participantes em falar sobre o tema, o nervosismo, as crises de choro, a dificuldade de contato visual, a irritação e o exagero no gestual durante as entrevistas refletem o sofrimento que este problema ocasiona no cotidiano. A pesquisa revela ainda que a abordagem qualitativa na área da saúde, em especial na fisioterapia uroginecológica, beneficia a abertura de espaço para as participantes falarem e refletirem sobre seus problemas mais íntimos, relacionados à IU e sexualidade. Desta forma, também auxilia a transpor a barreira de abordagem da sexualidade entre profissionais de saúde e mulheres incontinentes Assim, esperamos contribuir para realização de estudos desta natureza em outras realidades, almejando possíveis transformações sociais em relação às implicações da incontinência urinária na sexualidade feminina.
ABSTRACT - The objective of this study was to understand the significance of urinary incontinence and sexuality of women in quotidian of physical therapy. The methodological approach was based on semi-structured interview plus perceptions, feelings and gestures adopted by participants at the time of the research. Eight women had participated in treatment in the physiotherapy clinic in Univali and collection occurred in 2008. The qualitative analysis identified two broad categories: (1) UI and sexuality, fear and embarrassment, (2) Being incontinent: psychosocial impairment. The results indicate that urinary incontinence interferes with female sexuality, affect the personal balance, reduces confidence and compromise the quality of life of women. The difficulty of the participants to talk about the topic, nervousness, episodes of crying, difficulty of eye contact, irritation and exaggeration in gesture during the interviews reflect the suffering that this causes problems in daily life. The research also reveals that the qualitative approach in health, especially in urogynecologic physical therapy benefits the open space for participants to talk and reflect on their most intimate problems, related to UI and sexuality. In this way, also helps to overcome the barrier of sexuality approach between health professionals and women incontinent. So we hope contribute to studies of this nature in other realities, targeting social transformations possible on the implications of urinary incontinence in female sexuality.
Keywords: Urinary Incontinence; Qualitative Research; Women’s Health; Physiotherapy
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