O Atlas como método para o design: O uso do Atlas e dos conceitos de montagem como ferramenta metodológica para a pesquisa visual

Autores

  • Daniela Queiroz Campos

Palavras-chave:

Design, Pesquisa visual, Imagem, Atlas, Mnemosyne.

Resumo

O presente estudo visa propor um método visual para o design. Dentro o escopo tecnológico para o projeto de design o painel semântico alcança grande e quase que irrestrita utilização. A aplicabilidade de métodos visuais na construção de produtos visuais assinala-se sua suma importância na estimulação e na inspiração no decorrer da fase projetual. O chamado Atlas Mnemosyne fora proposto por Aby Warburg como um quadro associativo de imagens. A metodologia visual proposta pelo projeto embasa-se principalmente em uma ferramenta – o Atlas – que auxiliaria na prática projetual do design. Grosso modo, o Atlas Mnemosyne se assemelharia ao já bastante utilizado na área do design painel semântico. Contudo, o Altas adicionaria a esse painel, principalmente, o caráter de renovação. O painel semântico a partir do momento em que é postulado, não pretende ser alterado ao longo de todo o processo projetual. O Atlas, por sua vez, apresenta-se como ferramenta aberta; a associação de imagens nele proposta pode, e busca, ser constantemente feita e refeita. Assim, novas referências e requisitos podem renovar o processo projetual no decorrer de seu desenvolvimento.

Referências

BESTLEY, R; NOBLE, Ian. Introdução às metodologias de pesquisa em design gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2013.

BONSIEPE, G. Design, Cultura e Sociedade. São Paulo: Blucher, 2011.

BUCHLOH, B. Gerhard Richter’s Atlas: the anomic archive. In: Photography and painting in the work of Gerhard Richt. Barcelona: LibresRecerca Arte 6, 1999.11-30.

BURDEK, B. E. Design: The History, Theory and Practice of Product Design. Basel: Birkhauser, 2005.

BURUCÚA, J. E. História, arte, cultura: De Aby Warburg a Carlo Ginzburg. Buenos Aires: Fondo de Cultura Econômica, 2007.

COELHO, L. A. L. (org). Design Método. Rio de Janeiro: Ed. PUC-RIO; Teresopolis: Novas Ideias, 2006.

DIDI-HUBERMAN, G. A imagem sobrevivente. História da arte e tempo dos fantasmas segundo Aby Warburg. Editora Contraponto, 2013.

________________________. Ante la imagen. Pregunta formulada a los fines de una historia del arte. Madrid: Ediciones Cedeac, 2010.

________________________. A pintura encarnada e Honoré Balzac. A obra-prima desconhecida. Tradução de Osvaldo Fontes e Leila de Aguiar Costa. São Paulo: Escuta, 2012.

________________________. Atlas: como levar el mundo a cuestas? Texto de apresentação escrito por Georges Didi-Huberman no floolder da exposição homônima realizada no Museu Reina Sofia, Madri, Março de 2011.

________________________. Blancs soucis. Paris: Minuit, 2013.

________________________. Cascas. Revista Serrote, São Paulo,.n.13 p.99-131. 2013.

________________________. Devant l’image. Question posée aux fins d’histoire de l’art. Paris: Minuit, 1990.

________________________. Imagens pense a todo: memoria visual del Holocausto. Barcelona: Ediciones Paidós Ibérica, 2004.

________________________. La pintura encarnada. Valencia: Universidad Politécnica de Valencia, 2007.

________________________. La ressermblance par contact. Archéologie, anachronisme et modernité de l’empreinte. Paris : Les Éditions Minuit, 2008.

________________________. Las condition des images par Didi-Huberman. IN: AUGÉ, Marc; DIDI-HUBERMAN, Georges; ECO, Umberto. L’experience des images. Paris: L’eu editions, 2011.

________________________. L’empreinte. Paris: Éditions Du Centre Georges Pompidou, 1997.

_________________________. L’image survivante. Histoire de l’art rt temps des fantômees selon Aby Warburg. Paris: Minuit, 2002.

________________________. Lo que vemos, lo que nos mira. Buenos Aires: Ediciones Manantial, 2006.

________________________. Ninfa Moderna. Essai sur le drapé tombé. Paris: Gallimard, 2008.

________________________. Ouvrir Venus. Nudité, rêve, cruauté. Paris: Éditions Gallimard, 1999.

________________________. O que vemos, o que nos olha. São Paulo: Editora 34, 2010.

________________________. Sobrevivência dos vaga-lumes. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2011. P.119.

____________________________. Venus rajada. Buenos Aires: Editorial Losada, 2005.

EDWARD, A.; FADZLI, S.; SETCHI, R. Comparative study of developing physical and digital mood boards. Anais…5th International Conference on Innovative Production Machines and Systems. Carfiff, UK, 2009.

FACCA, C. O designer como pesquisador: uma abordagem metodológica da pesquisa aplicada ao design de produtos. Dissertação de Mestrado. Universidade Anhembi Morumbi, São Paulo, 2008.

MELENDI, M. A. A solidez do arquivo: Entre pedras soterradas e fotografias esquecidas. IN: FLORES, Bernardete Ramos e VILELA, Ana Lúcia (orgs.). Encantos da Imagem: Estâncias para a prática historiográfica entre história e arte. Blumenau: Letras Contemporâneas, 2010.

GINZBURG, C. De Warburg a E. H. Gombrich: notas de um problema de método. In: Mitos, Emblemas, Sinais: Morfologia e História. São Paulo: Companhia das Letras,

JACQUES, J. J.; SANTOS, R. F. do. O Painel Semântico como Ferramenta no Desenvolvimento de Produtos. Anais V CIPED, Bauru, p.531-538, 2009. Disponível em: http://www.academia.edu/3507288/Painel_Sem%C3%A2ntico_como_t%C3%A9cnica_metodol%C3%B3gica_no_ensino_da_pr%C3%A1tica_projetual_em_design

WARBURG, A. Atlas Mnemosyne. Madrid: Impresos Cofás S.A. 2010.

_______________. A renovação da Antiguidade pagã. Contribuições científico-culturais para a história do Renascimento europeu. Rio de Janeiro: Editora Contraponto, 2013.

_______________. Imagens da região dos índios pueblos na América o Norte. IN: Revista Concinnitas: artes, cultura e pensamento. Rio de Janiero, a. 6, v. 1, n. 8, p. 110, 130. 2005.

_______________. El Renacimiento del paganismo. Aportaciones a la historia cultural del Renacimiento europeo. Madrid: Alianza Editorial, 2005.

Downloads

Publicado

2015-05-21

Edição

Seção

Artigos