Reconhecer, acolher e acompanhar mulheres vítimas de violência: uma iniciativa de educação permanente em saúde.
Palavras-chave:
Atenção Primária à Saúde, Educação em Saúde, Violência contra a Mulher,Resumo
O Sistema Único de Saúde (SUS) é norteado pelos princípios de equidade, de integralidade e de universalidade, assegurando acesso à saúde de forma coletiva aos cidadãos brasileiros. Diante do atual cenário de pandemia, evidenciou-se a intensificação da importância do SUS na assistência à população, tornando imprescindíveis o delineamento de estratégias e ações de atendimento, principalmente aos mais vulneráveis. Assim objetivou-se planejar e aplicar uma proposta de educação permanente em saúde, apresentando critérios de identificação da violência contra a mulher (VCM) e propondo alternativas que visem ampliar o reconhecimento, o acolhimento e o acompanhamento. A metodologia consistiu, inicialmente em um levantamento bibliográfico, através de leis e artigos, para diagnosticar a situação da temática em questão, na literatura científica. As buscas foram feitas nas bibliotecas digitais Web of Science e SciELO, com a utilização dos termos “Atenção Primária à Saúde”; “Educação em Saúde”; e “Violência contra a Mulher”, no período de 01/04/2020 até 31/03/2021. A partir dessa busca, foi realizada a proposta “Reconhecer, acolher e acompanhar”, iniciada em junho de 2021, que tem a pretensão de visitar as 13 unidades básicas de saúde (UBS) em um município de médio porte do sudeste brasileiro, orientando os servidores quanto aos critérios de diagnóstico usados para identificar VCM e às medidas a serem tomadas quando identificada. Estão sendo realizadas capacitações mensais, disponibilização de um contato telefônico, um sítio eletrônico da iniciativa e toda a equipe realizará um monitoramento do resultado da proposta através de dados dos relatórios. A iniciativa está sendo divulgada ao público, através de cartazes e folhetos distribuídos nas Unidades de Saúde. Como resultados parciais da proposta têm-se a dificuldade de adesão das mulheres vítimas da VCM frente ao medo do agressor. Além disso, existe também a relutância dos profissionais temendo um aumento da carga de trabalho. Espera-se que no final da iniciativa os profissionais sejam conscientizados e capacitados para o enfretamento da VCM e as mulheres vítimas se sintam acolhidas dentro das UBS.Downloads
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