Projeto Gradiva e ReviraSaúde: nem Estado nem Empresa, experiência rumo ao Comum na proteção social a mulheres em situação de violência durante a Sindemia de Covid-19
Palavras-chave:
Violência de Gênero, Proteção Social em Saúde, Participação Social, Sindemia, Covid-19.Resumo
As violências de gênero inscrevem-se num contexto contemporâneo de crescimento de incertezas, de crise do Estado Social e de domínio das lógicas de concorrência e competitividade. Este artigo apresenta uma experiência, durante a sindemia de Covid-19, de ações coletivas de proteção social em direção ao Comum, nem burocrático-estatais, nem empresariais. Trata-se da intersecção entre o Projeto Gradiva, que realiza atendimento psicanalítico de mulheres em situação de violência e de suas filhas, e a ReviraSaúde, vinculada ao SUS, que conecta pessoas em práticas de apoio mútuo, auto-organização e autoanálise. Destaca-se a organização de “círculos em redes”, de relações colaborativas entre proposições heterogêneas. A ReviraSaúde cria possibilidades de ação coletiva em uma rede de “assembleias", fundadas na participação direta. O Projeto Gradiva realiza atendimentos psicanalíticos individuais, grupos terapêuticos, formação de leitoras. Ainda, pluraliza as reflexões a respeito da clínica do feminino, nas intersecções com decolonização, gênero, sexualidade, raça e classe. Instaura-se uma rede de ações na esfera pública. Na interface clínica, como efeito da escuta às mulheres, expressam-se mudanças de vida, de posicionamento nas suas relações e frente à própria história. Potencializa-se a discussão sobre violência de gênero na pólis. Experimenta-se e sinaliza-se a possibilidade de coexistência e colaboração entre proposições que não formam uma mesmidade, na invenção de formas de proteção social em que prevalecem o livre acesso e o direito de uso sobre a lei da propriedade.
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