Pessoas Trans na Atenção Primária: análise da implantação no município de Florianópolis (SC), 2015.
Palavras-chave:
Atenção Primária, LGBT, Transgêneros, Transexuais, TravestisResumo
A saúde das pessoas trans vem sendo tema de debate há muitas décadas. No Brasil, com a implementação do Processo Transsexualizador do Sistema Único de Saúde (SUS) em 2008, colocou o atendimento das demandas específicas dessa população sob a responsabilidade da atenção secundária e terciária. Ao mesmo tempo, a classificação da transsexualidade como uma patologia pelo Manual de Diagnósticos em Saúde Mental (DSM) gera uma série de procedimentos clínicos que colocam obstáculos ao acesso dessa população aos serviços de saúde especializados. Esse contexto gera uma situação de falta de acesso que torna necessário o debate do papel da Atenção Primária à Saúde (APS) na coordenação do cuidado de pessoas transgênero. O presente artigo analisa as experiências no acesso à APS sob o olhar da população transgênero, levando em consideração o contexto de vulnerabilidade social à qual estão submetidas. Além disso, esse estudo propõe-se a analisar a experiência do Ambulatório de Atenção Primária à Saúde para Pessoas Trans de Florianópolis como proposta de mudança de paradigma no pensamento em saúde das pessoas trans. Ao longo do último trimestre de 2015 e primeiro trimestre de 2016, foram realizadas entrevistas em profundidade, com amostra intencional de sujeitos atendidos no Ambulatório de Atenção Primária à Saúde para Pessoas Trans (AAPST) do Centro de Saúde Lagoa da Conceição em Florianópolis. A análise das entrevistas e os resultados foram apresentados em cinco eixos: a percepção sobre o atendimento nas unidades básicas de saúde, o reconhecimento da identidade de gênero e o uso do nome social como paradigma do acesso, a Imperícia no cuidado como quebra do princípio da Equidade; a patologização da transgeneridade e seu impacto no acesso e a percepção e aceitação do atendimento no AAPST. Conclui-se a necessidade de garantir o direito ao reconhecimento das identidades de gênero pelo Estado, reordenar o pensamento em saúde acerca de gênero e colocar a APS no centro dessa discussão.
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