Psicanálise, Sexualidade e Gênero: a abertura à relativização cultural e o diálogo com a etnopsicanálise
Palavras-chave:
Gênero, Psicanálise, Sexologia, Ciências Sociais, Etnopsicologia.Resumo
Nos estudos sobre gênero, a psicanálise recebeu diversas críticas, sobretudo em relação aos escritos iniciais de Freud sobre a teoria sexual. Em sua maioria, tais críticas sustentam que, na teorização freudiana, haveria uma leitura essencialista e determinista em relação à sexualidade e ao gênero, baseada, sobretudo, na fantasia de castração. Ainda, nesse sentido, estabelecem que autores consagrados da psicanálise teriam impresso leituras reducionistas e superficiais acerca dos fenômenos que escapam ao esquema cis-heteronormativo vigente, como a homossexualidade e a transexualidade. Por conta disso, as teses psicanalíticas originais não se configurariam como referências passíveis de serem aplicadas ao estudo contemporâneo em sexualidade e gênero. Nesse artigo, é feita uma discussão acerca da questão dos estudos de gênero em psicanálise e se propõe uma releitura dos Três Ensaios sobre a Teoria da Sexualidade de Freud com o intuito de se mostrar um uso potencialmente útil das ideias contidas nessa obra, sem se incorrer em reducionismos e em ideias psicopatologizantes no que se refere às questões de gênero. Recorre-se ao estudo do chamado Caso Dora para mostrar como Freud não reduz a sexualidade a aspectos psicopatológicos, uma vez que enfatiza a interpretação do comportamento, das ações e dos sentimentos humanos enquanto portadores de sentidos simbolicamente manifestados. Evidencia-se o modo como o estudo acerca da sexualidade possibilita uma inserção da psicanálise no campo dos estudos de gênero e sociais em geral. Este olhar sustenta que o estudo sobre a sexualidade humana seja fundamental para o estudo psicanalítico da cultura, especificamente, pela etnopsicanálise.
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