O Espaço Inter-relacional dos Modelos e dos Protótipos no Processo Criativo em Design
Palavras-chave:
Criatividade no Design, Processo de Design, Mecanismos Dialéticos Projetuais, Ferramentas de Design.Resumo
A construção do processo de Design para a resolução do problema é, como mencionaram Charles e Ray Eames, única e requer, a cada novo passo, um distinto e singular processo criativo. O presente estudo investiga o relacionamento entre o ato de conceptualização por modelos e maquetas analógicas e digitais e a tomada de decisões pela reflexão e ação, que impulsionam a criatividade no projeto de Design. As matérias de estudo que têm debatido a ação criativa no processo de Design ligam-se ao modo operacional da cognição, o processo de estruturação das ideias, tipologias de pensamento, método de promoção das ideias e os fatores estimulantes ou condicionadores da ação de ideação. Os estudos relacionados com a influência dos meios de representação externa na ação criativa, incidem mais na ação do desenho pelo esboço (Cross,N., Schön,D., Simon,H., Dorst,K., Tchimmel, K., Christians,H., Buxton,B.), que propriamente pela representação de modelos ou maquetas físicas ou digitais. Gürsoy (2010), Harvard (2004), Cannaerts (2009) e Hartmann (2009), descreveram a importância dos modelos e dos protótipos no desenvolvimento do espaço da exploração do problema e da solução e sob este contexto efectuámos uma reflexão teórica sobre a interação das formas de representação externas analógicas e digitais do Design através da observação do processo iterativo conceptual e do diálogo com as ferramentas de Design. A observação do processo (estudo de caso) permitiu-nos concluir que a dialética do Designer com o artefacto e as ferramentas do Design, promovem um tipo de linguagem de reflexão “iterativa” que resulta na solução dos problemas de uma forma incremental até ser atingida a satisfação (Guindon,1990b, p.297).
Referências
Almendra, R. A. (2010). Decision Making in the Conceptual Phase of Design Process: a descrtiptive study contributing for the strategic adequancy and overall quality of design outcomes. (Doctoral dissertation, Faculdade de Arquitectura da Universidade de Lisboa).
Alves, F. J., Braga, F. S., Simão, Manuel, S., Neto, R. J.; Duarte, Teresa, M. (2001) - Protoclick, Prototipagem Rápida. Protoclick, Porto.
Cannaerts, C. (2009). Models of Models for Architecture. In Proceedings of the eCAADe 27 Conference (pp. 781-786).
Consalez, L. (2001). Maquetes. La representación del espacio em el projecto arquitetctónico. Editorial Gustavo Gili, S.L, Barcelona.
Coughlan, P., Suri, J. F., Canales, K. (2007). Prototypes as (Design) Tools for Behavioral and Organizational Change A Design-Based Approach to Help Organizations Change Work Behaviors. The journal of applied behavioral science, 43(1), 122-134.
Cross, N. (1997). Descriptive models of creative design: application to an example. Design Studies, 18 (4), pp. 427-440.
Cross, N. (2001). Design cognition: Results from protocol and other empirical studies of design activity. Design knowing and learning: Cognition in design education, Elsevier, 7, pp. 9-103.
Cross, N. (2006). Designerly ways of knowing. Springer London.
Csikszentmihalyi, M. (1990). The domain of creativity. Runco, M. A., & Albert, R. S. Theories of creativity. Sage Publications, Inc., 115, pp. 190-212.
Csikszentmihalyi, M. (1996). Flow and the psychology of discovery and invention. New Yprk: Harper Collins.
Dorst, C., Cross, N. (2001). Creativity in the design process: co- evolution of problem-solution. Design Studies, 22 (5), pp. 425-437.
Dunn, N. (2007). The Ecology of the Architectural Model . Bern: Peter Lang.
Echenique, M. (1970). Models: A discussion. Journal for Architectural Research and Teaching, pp. 25-40.
Ferreira, A.M. (2003). Design e Inovação: valores para o século XXI. Idade da Imagem, 8, pp. 52-56.
Ferreira, A. M. (2008). Caracterização e quantificação da inovação no processo evolucionista do design: Análise de um século da prática médico-cirúrgica em Portugal, [S.n.], Ph.D thesis, UBI, Covilhã.
Goldschmidt, G. (1991). The dialects of sketching.Creativity Research Journal, 4(2), pp. 123-143.
Guilford, J. P., & Hoepfner, R. (1971). The analysis of intelligence. McGraw-Hill Companies.
Guindon, R. (1990). Designing the design process: Exploiting opportunistic thoughts. Human-Computer Interaction, 5(2), pp. 305-344.
Gürsoy, B. (2010). The cognitive aspects of model-making in architectural design (Doctoral dissertation, Middle East Technical University).
Hartmann, B. (2009). Gaining design insight through interaction prototyping tools (Doctoral dissertation, Stanford University).
Harvard, Å. (2004). Prototyping spoken here -artifacts and knowledge production in design. Working papers in art and design; 3.
Ibrahim, R., & Rahimian, F. P. (2010). Comparison of CAD and manual sketching tools for teaching architectural design. Automation in Construction,19 (8), 978-987.
KNOLL, W., & HECHINGER, M. (2003). Maquetes arquitetônicas. São Paulo: Paperback.
Lawson, B. (2004). Schemata, gambits and precedent: some factors in design expertise. Design studies, 25 (5), pp. 443-457.
Lawson, B. (2006). How designers think: The design process demystified. Routledge.
Lim, Y., Stolterman, E., Tenenberg, J. (2008).The anatomy of prototypes: Prototypes as filters, prototypes as manifestations of design ideas. ACM Trans. Comput.-Hum. Interact. 15, (2), 1-27.
Maher, M. L., Gero, J. S., Saad, M. (1993). Synchronous support and emergence in collaborative CAAD. In CAAD futures, 93, pp. 455-470.
Manzini, E. (1993). A Matéria da Invenção. Centro Português de Design: Lisboa.
Martins, J. P. (2010, p. 177) – Daciano Costa: Designer. The Triumph of Design / The Reader´s Design Magazine Vol. I.Livros Horizonte,Lda / UNIDCOM IADE, 2010.
Mitchell, W. J. (1975). The theoretical foundation of computer-aided architectural design. Environment and Planning B, 2 (2), 127-150.
Oxman, R. (2006). Theory and design in the first digital age. Design studies,27 (3), pp. 229-265.
Panero, J., Zelnik, M. (1991). Las Dimensiones Humanas de los Espacios Interiores. Ediciones G. Gili. SA, México.
Schön, D. (1983). The Reflective Practitioner: How Professionals Think in Action, New York, Basic Books.
Sharif, R., Maarof, S. (2014). Model making as a cognitive tools for the beginners. Stedex, 6, pp. 117-122.
Simon, H. A., Augier, M., & March, J. G. (2004). Models of a man: Essays in memory of Herbert A. Simon. MIT Press.
Snodgrass, A., Coyne, R. (1996). Is designing hermeneutical?. Architectural Theory Review, 2(1), pp. 65-97.
Suwa, M., Tversky, B. (1997). What do architects and students perceive in their design sketches? A protocol analysis. Design Studies, 18 (4), pp. 385-403.
Suwa, M., Purcell, T., Gero, J. (1998). ―Macroscopic analysis of design processes based on a scheme for coding designers’ cognitive actions‖ Design Studies, 19 (4), pp. 455-483.
Taura, T., & Nagai, Y. (Eds.). (2010). Design creativity 2010. Springer Science & Business Media.
Underwood, M. (2005). Inside the Office of Charles and Ray Eames em http://www.eamesoffice.com/wp-content/uploads/2012/02/INSIDE-THE-OFFICE-OF-CHARLES-AND-RAY-EAMES.pdf
Van der Lugt, R. (2001). Sketching in design idea generation meetings. TU Delft, Delft University of Technology.
Westerlund, B. (2009). Design space conceptual tool–grasping the design process. Nordes, (1).
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
This journal, following the recommendations of the Open Access movement, provides public access to all its content, following the principle that free access to research generates a greater global exchange of knowledge. Such access is associated with the reading and citing an author's work.
The author must ensure:
-
that there is a full consensus of all co-authors in approving the final version of the document and its submission for publication.
-
that their work is original, and if the work and / or words of other people were used, they were duly recognized.
Plagiarism in all its forms constitute unethical publication behavior and is unacceptable.
The articles and other published works, become the property of the journal.
The contents of e-Journal LOGO are licensed under a Creative Commons License 4.0 by. It reserves the right to use software or other methods of detecting plagiarism to analyze the submitted works.
Under the license you have the right to:
- Share - copy and redistribute the material in any media or format
- Adapt - remix, transform, and create from material to any purpose, even if commercial.
- The licensor can not revoke these rights as long as you respect the license terms.
According to the following terms:
- Assignment - You must give the appropriate credit, provide a link to the license and indicate if changes have been made. You must do so in any reasonable circumstance, but in no way do you suggest to the licensor to support you or your use.
- No additional restrictions - You may not apply legal terms or technological measures that legally restrict others from doing anything that the license permits.
The authors of papers submitted to the e-Journal LOGO authorize their publication in physical and electronic media for academic purposes. The authors also agree on the distribution of articles by national and international indexing databases, whether or not for profit, and can be reproduced as long as the source is cited.
O autor deve garantir:
- que haja um consenso completo de todos os coautores em aprovar a versão final do documento e sua submissão para publicação.
- que seu trabalho é original, e se o trabalho e/ou palavras de outras pessoas foram utilizados, estas foram devidamente reconhecidos.
Plágio em todas as suas formas constituem um comportamento antiético de publicação e é inaceitável.
Os artigos e demais trabalhos publicados, passam a ser propriedade da revista.
Os conteúdos de e-Revista LOGO estão licenciados sob uma Licença Creative Commons 4.0 by. Reserva-se o direito de usar software ou otros métodos de detecção de plágio para analisar os trabalhos submetidos.
Segundo a licença você tem direito de:
- Compartilhar — copiar e redistribuir o material em qualquer suporte ou formato
- Adaptar — remixar, transformar, e criar a partir do material para qualquer fim, mesmo que comercial.
- O licenciante não pode revogar estes direitos desde que você respeite os termos da licença.
De acordo com os termos seguintes:
- Atribuição — Você deve dar o crédito apropriado, prover um link para a licença e indicar se mudanças foram feitas. Você deve fazê-lo em qualquer circunstância razoável, mas de maneira alguma que sugira ao licenciante a apoiar você ou o seu uso.
- Sem restrições adicionais — Você não pode aplicar termos jurídicos ou medidas de caráter tecnológico que restrinjam legalmente outros de fazerem algo que a licença permita.