A iniciação da aprendizagem na assistência fisioterápica à mulher com incontinência urinária: dificuldades apresentadas pelos acadêmicos e propostas de superação [Initiating learning in physical therapy care for women with urinary incontinence]

Autores

  • Cilene Volkmer UFSC
  • Marisa Monticelli Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina
  • Kenya Schmidt Reibnitz Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina
  • Odaléa Maria Brüggemann Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina
  • Fabiana Flores Sperandio Professora Adjunta IV Universidade do Estado de Santa Catarina

Palavras-chave:

Ensino Superior, Fisioterapia, Aprendizagem, Incontinência Urinária, Saúde da Mulher

Resumo

Pesquisa qualitativa, convergente-assistencial, objetivando compreender as dificuldades apresentadas pelos acadêmicos de fisioterapia na iniciação da aprendizagem para assistir a mulher com incontinência urinária e construir estratégias conjuntas para superação destas dificuldades, sob suporte teórico-metodológico da Pedagogia Libertadora. Os participantes foram 17 acadêmicos, da Disciplina Fisioterapia Uroginecológica, no semestre 2009.1. Das observações participantes e oficinas emergiram dados, resultando em quatro categorias: dificuldades em lidar com a própria sexualidade; constrangimentos em compartilhar a intimidade com colegas; dificuldades quanto à interação com as mulheres e à organização da Disciplina Fisioterapia Uroginecológica. O estudo permite compreender que, apesar destas dificuldades enfatizadas pelos acadêmicos, o diálogo e a criticidade mostraram-se essenciais na construção coletiva das propostas: abordagem precoce do tema sexualidade, abertura para dialogicidade nas disciplinas, vivências em grupo e inserção da realidade nas atividades curriculares da fisioterapia uroginecológica, possibilitando transformar o processo de iniciação da aprendizagem da assistência fisioterápica à mulher com incontinência urinária.

 

ABSTRACT - This qualitative, convergent-care study seeks to comprehend the difficulties presented by physical therapy academics initiating learning towards caring for women with urinary incontinence and to construct strategies to overcoming said difficulties, with theoretical-methodological support from Liberation Pedagogy.  Participants were 17 students in the class Urogynecological Physical Therapy in 2009.1. From participants’ observations and workshops, data emerged and resulted in four categories: difficulties in dealing with one’s sexuality; embarrassment sharing intimacy with colleagues; in interacting with women with incontinence; and to organizing the class, Urogynecological Physical Therapy.  This study permits us to understand that even with such difficulties, dialogue and critical perspectives show themselves to be essential in collectively constructing proposals: premature approaches to sexuality; openness to dialogue in disciplines; group living experiences; and insertion in day-to-day realities of curricular activities of urogynecological physical therapy, making it possible to transform the initiation to learning process for this physical care.

keywords: Education, Higher; Physical Therapy (Specialty); Learning; Urinary Incontinence; Women's Health

Biografia do Autor

Cilene Volkmer, UFSC

Programa de Pós-Graduação em Enfermagem

Fisioterapia na Saúde da Mulher

Marisa Monticelli, Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) (1978), Especialização em Enfermagem em Saúde Pública pela Fundação de Ensino do Pólo Geo-Educacional do Vale do Itajaí (1980), Especialização em Educação na área da Saúde pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1998), e Mestrado em Enfermagem (1994) e Doutorado em Enfermagem (2003) pela UFSC. Atualmente é Professora Associado 3, lotada no Departamento de Enfermagem e credenciada como docente do quadro permanente do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem da UFSC.

Kenya Schmidt Reibnitz, Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina

Possui graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1975), mestrado em Enfermagem (1987) e doutorado em Enfermagem pela mesma universidade (2004). É professora Titular do Departamento de enfermagem da Universidade Federal de Santa Catarina Atualmente exerce a função de Diretora do Centro de Ciências da Saúde da UFSC.

Odaléa Maria Brüggemann, Departamento de Enfermagem Centro de Ciências da Saúde Universidade Federal de Santa Catarina

Possui Graduação em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1983), Especialização em Enfermagem Obstétrica pela Universidade do Vale do Itajaí (1988), Mestrado em Enfermagem pela Universidade Federal de Santa Catarina (1998) e Doutorado em Tocoginecologia pela Universidade Estadual de Campinas (2005). Atualmente é professora Adjunto da Universidade Federal de Santa Catarina, lotada no Departamento de Enfermagem e credenciada como professora do Programa de Pós-Graduação em Enfermagem.

Fabiana Flores Sperandio, Professora Adjunta IV Universidade do Estado de Santa Catarina

Possui graduação em Fisioterapia pela Universidade Federal de Santa Maria (1994), mestrado em Ciências do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina (2000) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2008). É professor adjunto V, na Universidade do Estado de Santa Catarina, onde desde 1995 desenvolve atividades de pesquisa, ensino e graduação no campo da Fisioterapia, com ênfase em Fisioterapia na saúde da mulher (onco-ginecologia, obstetrícia e incontinência urinária), saúde ocupacional e desenvolvimento humano. Atua na graduação e no mestrado em Fisioterapia na UDESC.

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Publicado

2011-09-19

Como Citar

Volkmer, C., Monticelli, M., Reibnitz, K. S., Brüggemann, O. M., & Sperandio, F. F. (2011). A iniciação da aprendizagem na assistência fisioterápica à mulher com incontinência urinária: dificuldades apresentadas pelos acadêmicos e propostas de superação [Initiating learning in physical therapy care for women with urinary incontinence]. aúde & Transformação ocial ealth ∓ ocial hange, 2(3), 96–107. ecuperado de https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/1050

Edição

Seção

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