Ambidesteridade organizacional e o tamanho da empresa

Autores

  • José Eduardo Storopoli Universidade Nove de Julho
  • Carolina Rezende Pereira Universidade Nove de Julho
  • Marco Antônio Batista da Silva Universidade Nove de Julho
  • Leonel Cezar Rodriguez Universidade Nove de Julho

Palavras-chave:

Inovação, Ambidesteridade, Alinhamento, Adaptabilidade, Tamanho de Empresa

Resumo

A ambidesteridade organizacional pode ser definida como a capacidade de uma organização adaptar-se e alinhar suas capacidades internas para ajustar-se às pressões sobre seu negócio originadas em seu entorno competitivo. Admite-se como premissa lógica que tamanho, estrutura e cultura organizacional exercem papel preponderante sobre sua ambidesteridade. Nesse artigo focasse a ambidesteridade em relação ao tamanho da empresa na tentativa de identificá-la na percepção do respondente em seu cargo. Para tanto, usou-se uma amostra de 199 respondentes nos níveis um e dois, de baixo para cima da estrutura hierárquica, para avaliar sua percepção sobre a ambidesteridade da empresa em que trabalha. As empresas foram classificadas por seus tamanhos em pequenas, médias e grandes. Os principais resultados indicam que não foram identificadas diferenças significativas nas percepções segundo os cargos e níveis hierárquicos, mas há diferenças significativas na percepção das funções (alinhamento e adaptabilidade) da ambidesteridade. Pode-se concluir que, na visão dos respondentes, há uma tendência clara de haver apenas alinhamento nas pequenas e médias empresas e uma tendência maior ao equilíbrio, entre alinhamento e adaptabilidade, nas grandes empresas, indicando haver, de fato, somente nessas, a presença da ambidesteridade contextual. 

10.13084/2175-8018/ijie.v7n13p1-17

 

Referências

ADIZES, I. Os ciclos de vida das organizações. 3 ed. São Paulo: Pioneira, 1996.

BENNER, M.; TUSHMAN, M. Exploitation, exploration, and process management: The productivity dilemma revisited. The Academy of Management Review, v. 28, n. 2, p. 238-256, 2003,

BIRKINSHAW, J.; GIBSON, C. Building ambidexterity into an organization. MIT Sloan Management Review, v. 45, n.4, p. 47-55, 2004.

BOVET, D.; MARTHA, J. Redes de Valor. São Paulo: Negócio Editora, 2001.

CAO, Q.; SIMSEK, Z.; ZHANG, H. Modelling the Joint Impact of the CEO and the TMT on Organizational Ambidexterity. Journal of Management Studies, v. 47, n. 7, p. 1272-1296, 2010.

COLLINS, E.; LAWRENCE, S.; PAVLOVICH, K.; RYAN, C. Business networks and the uptake of sustainability practices: the case of New Zealand. Journal of Cleaner Production, v. 15, n. 8, p. 729-740, 2007.

SCANDELARI, V.; DA CUNHA, J. AMBIDESTRALIDADE E DESEMPENHO SOCIOAMBIENTAL DE EMPRESAS DO SETOR ELETROELETRÔNICO. RAE-Revista de Administração de Empresas, v. 53, n. 2, p. 183-198, 2013.

GIBSON, C.; BIRKINSHAW, J. The antecedents, consequences, and mediating role of organizational ambidexterity. Academy of management Journal, v. 47, n. 2, p. 209-226, 2004.

GHOSHAL, S.; BARTLETT, C. The Individualized Corporation: A Fundamentally New Approach to Management. New York: Harper Business, 1997.

GÃœTTEL, W.; KONLECHNER, S. Continuously hanging by a thread: Managing contextually ambidextrous organizations. Schmalenbach Business Review, v. 61, n. 2, p. 150-171, 2009.

HILLARY, R. Environmental management systems and the smaller enterprise. Journal of cleaner production, v. 12, n. 6, p. 561-569, 2004.

Instituto Brasileiro de Geografia – IBGE. Pesquisa Anual do Comércio. Rio de Janeiro, v. 19, p. 1-153, 2007.

LIMA, E. Estratégia de Pequenas e Médias Empresas: Uma Revisão. Revista de Gestão da USP–REGE, v. 17, n. 2, p. 169-187, 2010.

LUBATKIN, M. et al. Ambidexterity and performance in small-to medium-sized firms: The pivotal role of top management team behavioral integration. Journal of management, v. 32, n. 5, p. 646-672, 2006.

MARCH, J. Exploration and exploitation in organizational learning. Organization science, v. 2, n. 1, p. 71-87, 1991.

O’REILLY, C.; TUSHMAN, M. The ambidextrous organization. Harvard business review, v. 82, n. 4, p. 74-83, 2004.

PORTER, M. Competição: estratégias competitivas essenciais. Rio de Janeiro: Elsevier, 1999.

RAISCH, S.; BIRKINSHAW, J. Organizational ambidexterity: Antecedents, outcomes, and moderators. Journal of Management, v. 34, n. 3, p. 375-409, 2008.

RAISCH, S., BIRKINSHAW, J., PROBST, G., & TUSHMAN, M. Organizational ambidexterity: Balancing exploitation and exploration for sustained performance. Organization Science, v. 20, n. 4, 685-695, 2009.

RODRIGUES, L.; MACCARI, E.;PEREIRA, A. Estratégias de estímulo ao empreendedorismo corporativo. Revista Ibero-Americana de Estratégia, v. 8, n. 2, p. 183-205, 2009.

TUSHMAN, M.; NADLER, D. Competing by Design: The Power Of Organizational Architecture. 2 Ed. Oxford: Oxford University Press, 1997.

VAN LOOY, B.; MARTENS, T.; DEBACKERE, K. Organizing for continuous innovation: On the sustainability of ambidextrous organizations. Creativity and Innovation Management, v. 14, n. 3, p. 208-221, 2005.

Downloads

Publicado

2015-09-06

Como Citar

Storopoli, J. E., Rezende Pereira, C., Batista da Silva, M. A., & Rodriguez, L. C. (2015). Ambidesteridade organizacional e o tamanho da empresa. beroamerican ournal of ndustrial ngineering, 7(13), 2–17. ecuperado de https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/IJIE/article/view/2709