Autopercepção de Competência Profissional em Saúde: um estudo com acadêmicos de educação física no Estado do Pará

Autores

  • Dinar Duarte de Vasconcelos Universidade do Estado do Pará Departamento de Ciências do Movimento Humano Programa de Pós Graduação Ensino e Saúde na Amazônia (ESA) http://orcid.org/0000-0002-6889-1749
  • Edna Ferreira Coelho Galvão Universidade do Estado do Pará Departamento de Artes Corporais Programa de Pós Graduação Ensino e Saúde na Amazônia (ESA)
  • Sílvia Ribeiro Santos Araújo Universidade Federal de Minas Gerais Departamento dos Esportes

Palavras-chave:

Competência Profissional, Autopercepção, Educação Física, SUS..

Resumo

Estudo descritivo, quantitativo, realizado em uma universidade pública do Estado do Pará com objetivo de investigar a competência profissional percebida dos acadêmicos de educação física. Participaram 92 alunos, do 8º semestre da capital e interior. Utilizou-se a Escala de Autopercepção de Competência Profissional em Educação Física e Desportos1 e questionário. A análise foi realizada através da estatística descritiva, distribuição de frequência, aplicação do Teste Qui-Quadrado (X2) e 1º (25%) e 3º (75%) Quartil. Foi encontrada uma diferença (p>0,01) para a percepção de competência profissional entre alunos da capital e interior, mesmo nas 3 respostas mais frequentes (nível 2,3 e 4), apresentando “maior” frequência intervalar entre os domínios 0 (Domínio Muito Insuficiente) e 3 (Domínio Suficiente), correspondendo a 66,66% da amostra. Observou-se um decréscimo do nível 3 ao 5, sendo mais expressivo no interior, indicando que eles se sentem com pouco domínio total das competências avaliadas no final do curso. Quanto a área de atuação, se destacou: saúde, treinamento e educação. Dentre elas, a educação teve maior pretensão com 30,43%. No entendimento sobre sua atuação no SUS, 46,73% acredita ser na atenção básica, 35,86% na prevenção de doenças e 34,78% na prescrição de atividades físicas, porém, desconheciam termos comuns usados no sus. A educação física busca inserir-se no âmbito da saúde com o desígnio de apropriar-se de conhecimentos, linguagens e filosofia do atendimento em saúde preconizada pelo sus. Todavia, falta uma caracterização da formação na perspectiva do sus e os resultados deste estudo, sugerem que os acadêmicos incorporam o discurso da prática de atividade física e melhoria da qualidade de vida de modo geral, simplesmente o reproduzindo. É preciso repensar a formação em educação física na universidade pública de modo a oferecer subsídios semelhantes na capital e interior, que propicie melhor domínio de competências e habilidades para sua atuação.

Biografia do Autor

Dinar Duarte de Vasconcelos, Universidade do Estado do Pará Departamento de Ciências do Movimento Humano Programa de Pós Graduação Ensino e Saúde na Amazônia (ESA)

Possui graduação em Licenciatura Plena em Educação Fisica pela Universidade do Estado do Pará (2007), Especialização em Saúde Pública pela Universidade do Estado do Pará (2009), Especialização em Informática em Saúde pela Universidade Federal de São Paulo (2010) e Especialização em Fisiologia do Exercício (2011), Mestrado em Ensino em Saúde na Amazônia pela UEPA (2014). Atualmente é professora Assistente II da Universidade do Estado do Pará, vinculada ao Departamento de Ciências do Movimento Humano (DCMH), Coordenadora Adjunta do Curso de Educação Física da UEPA, Campus IX- Altamira e Professora Classe II da Secretaria de Educação do Estado do Pará.

Edna Ferreira Coelho Galvão, Universidade do Estado do Pará Departamento de Artes Corporais Programa de Pós Graduação Ensino e Saúde na Amazônia (ESA)

Possui graduação em Educação Física pela Fundação Oswaldo Aranha (1989), mestrado em Educação pela Universidade Metodista de Piracicaba (1998) e doutorado em Educação pela Universidade Federal Fluminense (2004). Atualmente é Professora Adjunto II da Universidade do Estado do Pará, Vice- Coordenadora do Comitê de Ética em Pesquisa da UEPA - Santarém, Líder do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação e Saúde das Populações Amazônicas, professora da pós Graduação Mestrado Profissional Ensino em Saúde na Amazônia - ESA da UEPA e coordenadora do Laboratório de Educação Física e Lazer - LABEL, membro do corpo editorial da revista EXITUS da UFOPA. Atua nas áreas de Educação, Educação Física e Saúde Coletiva.

Sílvia Ribeiro Santos Araújo, Universidade Federal de Minas Gerais Departamento dos Esportes

Possui graduação em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (1994), mestrado em Treinamento Esportivo pela Universidade Federal de Minas Gerais (2003) e doutorado em Ciências do Esporte pela Universidade Federal de Minas Gerais (2015). Atualmente é professor da Universidade Federal de Mato Grosso. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Educação Física, atuando principalmente nos seguintes temas: futebol, flexibilidade,saltos verticais, desempenho esportivo, plataforma de força e eletromiografia.

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Publicado

2020-08-10

Como Citar

de Vasconcelos, D. D., Coelho Galvão, E. F., & Santos Araújo, S. R. (2020). Autopercepção de Competência Profissional em Saúde: um estudo com acadêmicos de educação física no Estado do Pará. aúde & Transformação ocial ealth ∓ ocial hange, 9(1/2/3), 103–116. ecuperado de https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/4635

Edição

Seção

Artigos originais