Perspectivas históricas do diagnóstico e tratamento da hanseníase

Autores

  • Ricardo Jardim Neiva Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Palavras-chave:

Hanseníase, Diagnóstico, Tratamento, História, Sociologia.

Resumo

Através da revisão da literatura sobre o tratamento e o diagnóstico da hanseníase, esse artigo analisa as interpretações da doença na história e de sua configuração endêmica no Brasil. Repercute assim a estrutura atual do programa de controle da hanseníase, por meio das mudanças nas classificações diagnósticas e adoção de critérios no uso de medicamentos em reações hansênicas e da revisão dos conceitos da implantação da Poliquimioterapia da hanseníase no Sistema Único de Saúde – SUS. Tais fatos mostraram uma preocupação científica na segunda metade do século XX com uma doença ainda incompreendida e altamente endêmica no país.

 

Abstract: The study of literature review deals on the treatment and diagnosis of Hansen disease, this article analyzes the interpretations of the disease in a historical perspective and its endemic configuration in Brazil, as well as, the current structure of the program intended to control Hansen disease, through the treatment of cases of leprosy reactions and changes in classification to be adopted in Brazil. These facts showed a scientific concern in the second half of the twentieth century with a still misunderstood and highly endemic disease in the country.

Keywords: Leprosy, Treatment, Diagnosis.

Biografia do Autor

Ricardo Jardim Neiva, Instituto Federal do Norte de Minas Gerais

Professor do Instituto Federal do Norte de Minas Gerais. Área: Enfermagem. Pós- Graduado em Saúde da Família pela UFMG e Mestre em Sociologia Política pela UFSC.

Referências

Cunha, VS. O isolamento compulsório em questão: políticas de combate à lepra no Brasil (1920-1941). [Mestrado] – Rio de Janeiro: Fundação Oswaldo Cruz; 2005.

Olivier HR. On being diagnosed a ‘leper’: a paradigm of archetypal thinking. Southern Medical Journal,Birmingham; 1988. 81(11):1426-1432.

Rosen G. Uma história da saúde pública. São Paulo: Hucitec. 1994.

Foucault M. Microfísica do poder. 26ed. São Paulo: Graal; 2013. 431p.

Foucault M. Vigiar e Punir. 22 ed. Petrópolis: Vozes; 1999, p.162-187.

Rodrigues LC, Lockwood DNJ. Leprosy now: epidemiology, progress, challenges and research gaps. Lancet Infect Dis. 2011; 11:464-70.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Plano nacional de eliminação da hanseníase em nível municipal 2006-2010. Brasília: Ministério da Saúde; 2006.

Olivier HR. On being diagnosed a ‘leper’: a paradigm of archetypal thinking. Southern Medical Journal,Birmingham; 1988. 81(11):1426-1432.

Martins PV, Caponi S. Hanseníase, exclusão e preconceito: histórias de vida de mulheres em Santa Catarina. Ciênc. saúde coletiva [Internet]. 2010 Jun [acesso em 2015 Abr 06]; 15( Supl. 1 ): 1047-1054. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-81232010000700011&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S1413-81232010000700011.

Organização Mundial da Saúde. Cuidados inovadores para condições crônicas: Componentes estruturais de ação: Relatório Mundial. Brasília: Organização Mundial da Saúde; 2003.

Souza CS. Hanseníase: formas clínicas e diagnóstico diferencial. Medicina, Ribeirão Preto; 1997. 30: 325-334.

Brasil. Diário Oficial da União. Portaria nº 1073 GM. Orienta o desenvolvimento de ações de controle da Hanseníase. Brasília: Ministério da Saúde; 2000.

Foucault M. O Nascimento da Clínica. Rio de Janeiro: Forense Universitária; 2011. 252p.

Garmus L. Bíblia Sagrada. 4.ed. Rio de Janeiro: Vozes; 1983.

Virchow R. Die krankhaften Geschwülste; dreissig Vorlesungen. Berlim. 1865.

Hansen GA. Ubertragung der lepra von mensch zu mensch. Facultative oder obligartorische isolation der leprösen. In: Lepra Konferenz, 1, 1897.

Chouraqui A. Os homens da Bíblia. São Paulo : Cia das Letras; 1990. 341p.

D' Haucourt G. A vida na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes; 1984. 134p.

Hecht I. Der siechen wandel. Die aussätzigen im mittelalter und heute. Freiburg, [s.n.]. 1982.

Frohn W. Der aussatz im Rheinland; sein vorkommen und seine bekämpfung. Gustav Fischer: Jena. 1933.

Faes JT. Hospitales de leprosos en Asturias durante las edades media y moderna. Oviedo [s.n.]; 1966.

Carneiro M, Possuelo LG, Valim, ARM. Neuropatia por hanseníase: atraso no diagnóstico ou um diagnóstico difícil? Cad. Saúde Pública [online]; 2011, vol.27, n.10, pp. 2069-2069. ISSN 0102-311X.

Brasil. Diário Oficial da União. Lei nº 8142. Dispõe sobre as condições para promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o financiamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Brasília – DF; 1990.

Brasil. Diário Oficial da União. Lei nº 8080. Dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências.Brasília – DF; 1990.

Sousa MF. O Programa Saúde da Família no Brasil: análise do acesso à atenção básica. Rev. bras. enferm. [Internet]. 2008 Abr [acesso em 2015 Abr 06] ; 61( 2 ): 153-158. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-71672008000200002&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0034-71672008000200002.

Moreira TA. Panorama sobre a hanseníase: quadro atual e perspectivas. .Hist. Cienc. Saúde - Manguinhos.2003; 10(1): 291-307.

Prevedello FC, Mira MT. Hanseníase: uma doença genética?. An. Bras. Dermatol. [Internet]. 2007 Out [acesso em 2015 Abr 06]. 82(5): 451-459. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0365-05962007000500009&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0365-05962007000500009.

Ridley DS; Jopling, WH. Classification of leprosy according to immunity: A five-group system. Int J Lepr Other Mycobact Dis. 1966; 34:255-73.

Beinguelman B. Genética e hanseníase. Brasil: Ciência e saúde; 2002. 7:117-28.

Ministério da Saúde (Brasil), Fundação Nacional da Saúde. Guia de Controle da Hanseníase.2.ed. Brasília: Ministério da Saúde; 1994. 156 p.

Oliveira MA, Bermudez JAZ, Souza ACM . Talidomida no Brasil: vigilância com responsabilidade compartilhada?. Cad. Saúde Pública [Internet]. 1999 [acesso em 2015 Abr 06]; 15( 1 ): 99-112. Disponível em: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-311X1999000100011&lng=en. http://dx.doi.org/10.1590/S0102-311X1999000100011.

D’arcy PF, Griffin JP. Thalidomide revisited: Adverse Drug Reaction Toxicology; 1994. 13:65- 76.

Abraham J. Partial progress? The development of american and british drug regulation. In: Science, Politics, and the Pharmaceutical Industry (J. Abraham, ed.), New York: St. Martin’s Press; 1995, pp. 36-87.

Associação Brasileira de Portadores da Síndrome da Talidomida. O que é a talidomida? [online]; 2015. Disponível em: http://www.talidomida.org.br/oque.asp.

Downloads

Publicado

2016-06-03

Como Citar

Neiva, R. J. (2016). Perspectivas históricas do diagnóstico e tratamento da hanseníase. aúde & Transformação ocial ealth ∓ ocial hange, 7(1), 088–097. ecuperado de https://incubadora.periodicos.ufsc.br/index.php/saudeetransformacao/article/view/3637

Edição

Seção

Metassínteses Qualitativas e Revisões Integrativas